ROTEIRO PARA ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS SURDOS
APRESENTAÇÃO
Frequentemente temos
recebido através do blog PSISURDOS várias solicitações de orientação para
atendimento psicológico aos surdos, tanto da parte de estudantes e
profissionais da área de psicologia, quanto de familiares de surdos que têm
dificuldade em encontrar psicólogos especializados nesse atendimento.
As pesquisas na área
da surdez têm privilegiado a educação e comunicação de surdos, através da
língua de sinais, e até agora o poder público não investiu na capacitação e
oferta de profissionais especializados em atendimento psicológico ao surdo.
Iniciamos a montagem
de um cadastro nacional de psicólogos que atendem em Libras, disponível no
blog, mas a maioria trabalha nas capitais e nem sempre a preços compatíveis com
o poder aquisitivo da maior parte da população surda.
Acreditamos que muitos
profissionais resistem a trabalhar nesse atendimento devido a necessidade de
aprender Libras, mas não é absolutamente imprescindível fluência em língua de
sinais para iniciar a atuar nessa área. Com noções básicas de Libras o
terapeuta poderá atender usando outros recursos como a leitura labial, escrita,
grafismo, informática e, aos poucos, construir sua própria metodologia.
Este roteiro não tem
propósitos acadêmicos, mas visa oferecer aos interessados algumas sugestões e
“dicas” baseadas em minha experiência pessoal como terapeuta de surdos desde o
ano 2000.
Por se tratar de um trabalho em construção, está aberto a críticas e sugestões que possam aperfeiçoá-lo.
HISTÓRICO
No ano de 1999, quando
trabalhávamos como psicólogo voluntário da ABRACE-DF, organização não
governamental que acolhe e cuida de crianças com câncer, nos deparamos com um
menino surdo e portador de linfoma no abdômen, que se recusava a receber
atendimento médico e apresentava comportamento muito agressivo. Sem saber como
lidar com a situação decidi aprender língua de sinais na esperança de criar um
vínculo terapêutico com a criança. A experiência foi bem sucedida e a partir de
então passei a dedicar-me ao estudo da Libras e ao atendimento psicológico aos
surdos no Distrito Federal. Inicialmente consultei a comunidade acadêmica sobre
os meios e recursos disponíveis e constatei que não havia qualquer informação a
respeito. Na USP, onde existiam na época pesquisadores dedicados ao estudo da
surdez, o foco era principalmente a educação do surdo, não havendo ainda
projetos de atendimento clínico. Incentivado pelo psicólogo e pesquisador da
USP Renato Dente Luz, que avaliou e ofereceu sugestões ao meu projeto
experimental de atendimento a surdos no DF, aceitei o desafio de trabalhar como
psicólogo de surdos na Apada-DF, que assistia cerca de quinhentas famílias de
deficientes auditivos.
Meu primeiro e grande desafio
foi um cliente surdo com histórico de transtorno bipolar, que se apresentava
trazido pela mãe e permanecia em postura quase fetal, sentado à minha frente.
Não sabia se comunicar por sinais e ficava todo o tempo em silêncio, de cabeça
baixa. Tentei de todas as formas me comunicar, sem obter sucesso. Na segunda sessão
deixei à sua frente canetas e lápis de cor e papel em branco. Ao ver o material
levantou a cabeça, puxou o papel e os lápis e começou a rabiscar. A partir de
então iniciamos uma comunicação através dos desenhos ( vide seção Estudo de
Casos).
Até 2007 realizamos
centenas de atendimentos de surdos e aos poucos fomos elaborando uma
metodologia própria baseada na experiência prática. É o que estamos oferecendo
neste roteiro.
Estudo de Casos
Os casos apresentados
refletem o desenvolvimento das técnicas e procedimentos estruturados com a
prática dos atendimentos
Caso 1. (primeiro atendimento como
terapeuta de surdos)
R.C.S,
27 anos, solteiro,
surdez congênita, bilateral profunda, com histórico de transtorno bipolar,
depressão e agressividade. Aos 12 anos foi flagrado tentando colocar veneno de
rato na caixa d`água de sua casa. Aos 18, apresentou o primeiro surto
maníaco-depressivo. Não se comunica em Libras e, segundo a mãe, entende apenas
alguns gestos dela. Na primeira sessão reagiu negativamente a qualquer forma de
comunicação (gestual, labial, mágicas), mantendo-se em posição quase fetal. A
partir da segunda sessão, foi colocado diante dele papel e material de desenho.
De iniciativa própria, pegou as canetas e começou a desenhar (ver sequência de
desenhos abaixo). A partir de então foi possível estabelecer uma comunicação
com o cl., ensejando possíveis interpretações de seus conflitos, que pareciam
residir basicamente nas suas relações com a mãe. Além do trabalho terapêutico
individual, foi prestada orientação à mãe quanto ao relacionamento com o filho,
principalmente no sentido de ambos aprenderem Libras.
Caso 2
L.L.D, 25 anos, solteira, surdez congênita,
bilateral, severa a profunda, estudante de Pedagogia, oralizada, leitura
labial, usa prótese auditiva, histórico de depressão, distúrbios gástricos
constantes, insônia, sexualidade exacerbada, dificuldade de relacionamento
afetivo, baixa autoestima. Atendimento realizado com comunicação total (Libras
+ Português falado e escrito). Os procedimentos terapêuticos enfatizaram a
organização do pensamento e da informação, a partir de novos conceitos e
percepções. Cl. conseguiu superar a maior parte de suas dificuldades, trabalha
atualmente como professora de crianças surdas e está concluiu o curso de
pedagogia. Diz que deseja se tornar psicóloga para ajudar outros surdos.
Caso 3
M.C.C, 11 anos, surdez congênita, bilateral
profunda, paralisia cerebral, com sequelas motoras. Enurese noturna. Desenvolvimento
cognitivo compatível com a idade. Capaz de se comunicar
Caso 4
F. B., 12 anos, surdez congênita, bilateral
profunda, com histórico de depressão profunda, isolamento, fobias, incapaz de
comunicar-se por Libras, tendo passado por várias avaliações diagnósticas, com
indicações de autismo, retardo mental, e incapacidade de relacionamento.
Somente aos 11 anos foi diagnosticada a surdez, e foi encaminhado por
fonoaudióloga para tratamento psicológico, por ser inacessível àquele
atendimento. Recusou-se a participar do atendimento inicialmente, mas na
segunda sessão aceitou entrar no consultório. Interessou-se pelas mágicas e
pelo computador. Foi estimulado, juntamente com a família, a aprender Libras e
a matricular-se em escola especial da rede pública. Concluiu o primeiro grau, é
capaz de navegar na Internet, com relativa compreensão de leitura. Relaciona-se
bem socialmente e apresenta progresso nos estudos.
Caso 5
I.G.G, 12 anos, surdez bilateral profunda, provocada
por meningite aos 2 anos e 7 meses, sofrendo quadro de coma, convulsões e
distúrbios do sono. Enurese noturna. Apresenta sequelas motoras e
comportamentos estereotipados. Usa prótese auditiva e não conhece Libras.
Testes de grafismo e de aptidões e habilidades revelam tendência a repetição de
padrões e falta de iniciativa. Cl. aceita bem o tratamento, que está enfatizando
mudanças de rotina e de hábitos /condicionamentos, com vistas a estimular a
criatividade e melhorar o desempenho cognitivo e a aprendizagem.
A família foi orientada no sentido de não reforçar
condutas infantis e de dependência.
Caso 6
J.E.B, 23 anos, surdez congênita, bilateral
profunda, usa prótese auditiva, oralizado a partir dos 7 anos, domina
perfeitamente Libras e faz leitura labial. No início do tratamento apresentava
quadro de depressão, fadiga física e mental, tiques nervosos, insônia e
constantes dores de cabeça, além de somatizações. Trata-se de caso atípico, por se
comunicar perfeitamente em português escrito e falado, e apresentar
desenvolvimento cognitivo acima da média.
Casou com uma ouvinte intérprete de sinais, trabalha como desenvolvedor
de programas na área de informática, concluiu
curso de nível superior, tem vida social ativa e se constitui em liderança na
comunidade surda. De tempos em tempos entrava em depressão e reclamava da volta
de alguns sintomas. Costuma dizer que seu desconforto é viver na fronteira
entre dois mundos: dos surdos e dos ouvintes, pois não ouve, mas fala
fluentemente o Português e lê com precisão os lábios, o que é inacessível à
maioria dos surdos.
Obs.: Continua como importante liderança na comunidade surda no Distrito Federal. Realizou implante coclear, tem filhos e se apresenta como um surdo autorrealizado.
ABORDAGEM CLÍNICA
Geralmente os surdos são encaminhados para
tratamento pelos responsáveis, na maioria dos casos pelas mães. As queixas são
de comportamento agressivo no âmbito familiar e na escola, transtornos de
ansiedade e depressão. As mães reclamam frequentemente da perda de controle
sobre o filho surdo, devido ao uso exagerado de redes sociais, sexualidade
exacerbada e desobediência e revolta. As questões específicas do surdo estão na
sua cultura e baixa autoestima, por se sentirem inferiorizados e discriminados
pelos ouvintes. Quase sempre no início do tratamento surgem reclamações
repetitivas em relação à família e aos ouvintes. Reclamam da falta de
oportunidade de trabalho, da falta de recursos financeiros, da dependência que
tem dos ouvintes, inclusive dos intérpretes ( dos quais desconfiam sempre) e da
não aceitação do fato de terem nascido surdos.
Os surdos mais bem adaptados
socialmente procuram o atendimento espontaneamente, geralmente devido a
conflitos emocionais e afetivos, tais como medo/fobia, depressão, conflitos
afetivos ( dificuldade de conseguir parceiro), conflitos conjugais, tanto no
relacionamento com outro surdo ou ouvinte. Queixam-se também da dificuldade de
entrar no mercado de trabalho e no relacionamento com ouvintes. Também revelam
sofrimento com a dependência da ajuda dos ouvintes para usar telefone, fazer
compras, resolver questões burocráticas. O foco dos conflitos basicamente está
na baixa autoestima que acompanha o surdo por toda a vida. Mesmo os surdos que
considero bem resolvidos e com excelente adaptação social apresentam
sintomas psicossomáticos que requerem atenção.
Na minha opinião o terapeuta de surdos
precisa ter primeiramente vocação para lidar com as diferenças. É necessário
que esteja capacitado no manejo da Libras, embora no início de sua atuação
possa usar comunicação verbal e escrita, quando se trata de surdos oralizados
e/ou que façam leitura labial. Precisa também conviver com a comunidade surda
para entender sua cultura e identidade. O bom atendimento também passa pela
dinâmica familiar do surdo, necessitando os membros da família serem orientados
sobre como lidar com o surdo. O atendimento ao surdo exige muita persistência e paciência, pois os
surdos são repetitivos, nem sempre cumprem seus compromissos com as consultas e
sofrem muita influência da família e de outros surdos mais influentes. Mas tudo
isso torna esse desafio mais instigante e constitui excelente oportunidade de
aprendizado e crescimento do terapeuta.
Basicamente não há muita diferença
no atendimento de ouvintes e surdos, pois a maioria dos sintomas são comuns
tanto em ouvintes quanto nos surdos. Embora não veja diferença no psiquismo de
surdos e ouvintes, o surdo apresenta limitações cognitivas ( não de
inteligência) e de compreensão e interpretação de conteúdos, devido às
dificuldades de comunicação, daí ser o atendimento a ouvintes facilitado
pelo feedback que a comunicação verbal permite. Os surdos têm dificuldade de
compreender metáforas e conceitos abstratos, o que acaba impondo a necessidade
de realizar um trabalho pedagógico e de informação. De tudo isso o atendimento
ao surdo exige do terapeuta uma postura diferenciada, de estar aberto a uma
abordagem eclética, sem descartar diferentes visões teóricas e recursos não
convencionais disponíveis.
Muitas vezes me perguntam qual a melhor
abordagem teórica e metodologia para o atendimento de surdos. Penso que
qualquer linha psicoterápica pode ser usada, mas ainda não foi possível
avaliar de forma definitiva a eficácia de uma ou de outra. Nos últimos anos tem
crescido o interesse de psicanalistas e outros especialistas no atendimento ao
surdo, o que considero muito desejável. Como ainda estamos incipientes nessa
área, tenho optado pela abordagem eclética, utilizando recursos e procedimentos
diversos em função de cada caso.
DIAGNÓSTICO
Entrevista inicial
(anamnese) com a presença de um responsável( geralmente a mãe). Informações
colhidas do histórico e estrutura familiar, causa da surdez, grau, tipo e, se
disponíveis, laudos médicos e fonoaudiológicos.
Observar e registrar
eventuais sequelas físicas e neurológicas bem como sintomas de depressão,
agressividade, déficit de inteligência, psicomotricidade e outros fatores
cognitivos, como atenção, percepção, além dos níveis de oralidade e leitura
labial.
Importante coletar
informações sobre a dinâmica familiar, relacionamento e comunicação com membros
da família.
ATENDIMENTO
A partir do
diagnóstico, agendar sessões individuais, semanais, com duração de cinquenta
minutos. Se não for viável, as sessões poderão ser quinzenais.
Recomenda-se que
mensalmente se faça uma avaliação do atendimento com a presença do responsável,
que deverá assumir o compromisso de participar do tratamento, através do
aprendizado da Libras e seguir orientações do terapeuta sobre como lidar com o
filho surdo no âmbito familiar.
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS SUGERIDAS
- Grafismo ( testes projetivos,
desenho, pintura )
- Mágicas* e
brincadeiras ( crianças e adolescentes)
- Acesso ao computador ( softers e
programas especiais, que permitem diversão e, ao mesmo tempo, observação de
padrões comportamentais, coordenação motora, níveis de frustração/
agressividade, desenvolvimento cognitivo e outras habilidades/aptidões). O uso
da internet, hoje dominado pela maioria dos surdos, é muito útil para interagir
com o cliente.
- Escuta. O surdo é “tagarela”, gosta de desabafar,
repetindo nas primeiras sessões as mesmas histórias. A intervenção do terapeuta
ocorre no estágio de “fadiga” do discurso, quando então ele se torna receptivo.
-Informação pedagógica. Conceitos e
informações práticas, para o autoconhecimento e compreensão do mundo, com vistas
a melhor comunicação e interpretação dos conteúdos trazidos durante a terapia.
*As mágicas são recursos que sempre utilizei no atendimento clínico, tanto para ouvintes como para surdos. Dependem da habilidade e treinamento do terapeuta, mas são muito úteis para se estabelecer vínculo terapêutico, principalmente com crianças surdas que geralmente são resistentes ao atendimento e são inquietas e dispersivas.
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SOBRE O AUTOR
PAULO CESA DA SILVA GONÇALVES
Psicólogo clínico formado pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro-UERJ, em 1975, onde lecionou por doze anos. Foi
professor de psicologia na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro por igual
período. De 2000 a 2008 trabalhou como psicólogo voluntário da APADA-DF e de
2008 a 2010 realizou projeto de atendimento psicológico aos surdos na
Associação de Surdos de Uberaba-MG. De 2010 a 2012 atendeu a comunidade surda
de Aracaju, Sergipe, e ajudou a organização de Associação de Surdos na cidade. De
2011 a 2012 fez parte, como palestrante e pesquisador, do Grupo de Pesquisa e
Estudos Surdos da Universidade Federal de Sergipe-UFS. Realizou, de 2013 a
2014, projeto voluntário de atendimento psicológico para surdos e portadores de
outras deficiências na cidade de Palmelo-Goiás. Atualmente reside em Aracaju, Sergipe, e
continua dando assistência e orientação psicológica a surdos de vários estados
e seus familiares.
E-mail para contato:
pecegons@terra.com.br