quarta-feira, 16 de novembro de 2022

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS SURDOS-ROTEIRO

 

ROTEIRO PARA ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS SURDOS

 

APRESENTAÇÃO

 

Frequentemente temos recebido através do blog PSISURDOS várias solicitações de orientação para atendimento psicológico aos surdos, tanto da parte de estudantes e profissionais da área de psicologia, quanto de familiares de surdos que têm dificuldade em encontrar psicólogos especializados nesse atendimento.

As pesquisas na área da surdez têm privilegiado a educação e comunicação de surdos, através da língua de sinais, e até agora o poder público não investiu na capacitação e oferta de profissionais especializados em atendimento psicológico ao surdo.

Iniciamos a montagem de um cadastro nacional de psicólogos que atendem em Libras, disponível no blog, mas a maioria trabalha nas capitais e nem sempre a preços compatíveis com o poder aquisitivo da maior parte da população surda.

Acreditamos que muitos profissionais resistem a trabalhar nesse atendimento devido a necessidade de aprender Libras, mas não é absolutamente imprescindível fluência em língua de sinais para iniciar a atuar nessa área. Com noções básicas de Libras o terapeuta poderá atender usando outros recursos como a leitura labial, escrita, grafismo, informática e, aos poucos, construir sua própria metodologia.

Este roteiro não tem propósitos acadêmicos, mas visa oferecer aos interessados algumas sugestões e “dicas” baseadas em minha experiência pessoal como terapeuta de surdos desde o ano 2000.

Por se tratar de um trabalho em construção, está aberto a críticas e sugestões que possam aperfeiçoá-lo. 

 

 

 

HISTÓRICO

 

No ano de 1999, quando trabalhávamos como psicólogo voluntário da ABRACE-DF, organização não governamental que acolhe e cuida de crianças com câncer, nos deparamos com um menino surdo e portador de linfoma no abdômen, que se recusava a receber atendimento médico e apresentava comportamento muito agressivo. Sem saber como lidar com a situação decidi aprender língua de sinais na esperança de criar um vínculo terapêutico com a criança. A experiência foi bem sucedida e a partir de então passei a dedicar-me ao estudo da Libras e ao atendimento psicológico aos surdos no Distrito Federal. Inicialmente consultei a comunidade acadêmica sobre os meios e recursos disponíveis e constatei que não havia qualquer informação a respeito. Na USP, onde existiam na época pesquisadores dedicados ao estudo da surdez, o foco era principalmente a educação do surdo, não havendo ainda projetos de atendimento clínico. Incentivado pelo psicólogo e pesquisador da USP Renato Dente Luz, que avaliou e ofereceu sugestões ao meu projeto experimental de atendimento a surdos no DF, aceitei o desafio de trabalhar como psicólogo de surdos na Apada-DF, que assistia cerca de quinhentas famílias de deficientes auditivos.

Meu primeiro e grande desafio foi um cliente surdo com histórico de transtorno bipolar, que se apresentava trazido pela mãe e permanecia em postura quase fetal, sentado à minha frente. Não sabia se comunicar por sinais e ficava todo o tempo em silêncio, de cabeça baixa. Tentei de todas as formas me comunicar, sem obter sucesso. Na segunda sessão deixei à sua frente canetas e lápis de cor e papel em branco. Ao ver o material levantou a cabeça, puxou o papel e os lápis e começou a rabiscar. A partir de então iniciamos uma comunicação através dos desenhos ( vide seção Estudo de Casos).

Até 2007 realizamos centenas de atendimentos de surdos e aos poucos fomos elaborando uma metodologia própria baseada na experiência prática. É o que estamos oferecendo neste roteiro.

 

 

 

Estudo de Casos

Os casos apresentados refletem o desenvolvimento das técnicas e procedimentos estruturados com a prática dos atendimentos

 

Caso 1. (primeiro atendimento como terapeuta de surdos)

R.C.S, 27 anos, solteiro, surdez congênita, bilateral profunda, com histórico de transtorno bipolar, depressão e agressividade. Aos 12 anos foi flagrado tentando colocar veneno de rato na caixa d`água de sua casa. Aos 18, apresentou o primeiro surto maníaco-depressivo. Não se comunica em Libras e, segundo a mãe, entende apenas alguns gestos dela. Na primeira sessão reagiu negativamente a qualquer forma de comunicação (gestual, labial, mágicas), mantendo-se em posição quase fetal. A partir da segunda sessão, foi colocado diante dele papel e material de desenho. De iniciativa própria, pegou as canetas e começou a desenhar (ver sequência de desenhos abaixo). A partir de então foi possível estabelecer uma comunicação com o cl., ensejando possíveis interpretações de seus conflitos, que pareciam residir basicamente nas suas relações com a mãe. Além do trabalho terapêutico individual, foi prestada orientação à mãe quanto ao relacionamento com o filho, principalmente no sentido de ambos aprenderem Libras.






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 










 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Caso 2

L.L.D, 25 anos, solteira, surdez congênita, bilateral, severa a profunda, estudante de Pedagogia, oralizada, leitura labial, usa prótese auditiva, histórico de depressão, distúrbios gástricos constantes, insônia, sexualidade exacerbada, dificuldade de relacionamento afetivo, baixa autoestima. Atendimento realizado com comunicação total (Libras + Português falado e escrito). Os procedimentos terapêuticos enfatizaram a organização do pensamento e da informação, a partir de novos conceitos e percepções. Cl. conseguiu superar a maior parte de suas dificuldades, trabalha atualmente como professora de crianças surdas e está concluiu o curso de pedagogia. Diz que deseja se tornar psicóloga para ajudar outros surdos.

 

Caso 3

M.C.C, 11 anos, surdez congênita, bilateral profunda, paralisia cerebral, com sequelas motoras. Enurese noturna. Desenvolvimento cognitivo compatível com a idade. Capaz de se comunicar em Libras. Estudante da 2ª série, 1° grau, com histórico de repetência, agressividade na escola, falta de concentração. Apresentou resistência no início do atendimento, mas adaptou-se rapidamente, demonstrando motivação e interesse pela informática e artes (pintura). Foi realizado trabalho conjunto com a equipe escolar, onde foram detectados problemas nas relações em sala de aula. Apresentou melhora no relacionamento na escola e boa interação social.

 

 

 

 

Caso 4

F. B., 12 anos, surdez congênita, bilateral profunda, com histórico de depressão profunda, isolamento, fobias, incapaz de comunicar-se por Libras, tendo passado por várias avaliações diagnósticas, com indicações de autismo, retardo mental, e incapacidade de relacionamento. Somente aos 11 anos foi diagnosticada a surdez, e foi encaminhado por fonoaudióloga para tratamento psicológico, por ser inacessível àquele atendimento. Recusou-se a participar do atendimento inicialmente, mas na segunda sessão aceitou entrar no consultório. Interessou-se pelas mágicas e pelo computador. Foi estimulado, juntamente com a família, a aprender Libras e a matricular-se em escola especial da rede pública. Concluiu o primeiro grau, é capaz de navegar na Internet, com relativa compreensão de leitura. Relaciona-se bem socialmente e apresenta progresso nos estudos.

 

Caso 5

I.G.G, 12 anos, surdez bilateral profunda, provocada por meningite aos 2 anos e 7 meses, sofrendo quadro de coma, convulsões e distúrbios do sono. Enurese noturna. Apresenta sequelas motoras e comportamentos estereotipados. Usa prótese auditiva e não conhece Libras. Testes de grafismo e de aptidões e habilidades revelam tendência a repetição de padrões e falta de iniciativa. Cl. aceita bem o tratamento, que está enfatizando mudanças de rotina e de hábitos /condicionamentos, com vistas a estimular a criatividade e melhorar o desempenho cognitivo e a aprendizagem.

A família foi orientada no sentido de não reforçar condutas infantis e de dependência.

 

Caso 6

J.E.B, 23 anos, surdez congênita, bilateral profunda, usa prótese auditiva, oralizado a partir dos 7 anos, domina perfeitamente Libras e faz leitura labial. No início do tratamento apresentava quadro de depressão, fadiga física e mental, tiques nervosos, insônia e constantes dores de cabeça, além de somatizações.          Trata-se de caso atípico, por se comunicar perfeitamente em português escrito e falado, e apresentar desenvolvimento cognitivo acima da média.  Casou com uma ouvinte intérprete de sinais, trabalha como desenvolvedor de programas na área  de informática, concluiu curso de nível superior, tem vida social ativa e se constitui em liderança na comunidade surda. De tempos em tempos entrava em depressão e reclamava da volta de alguns sintomas. Costuma dizer que seu desconforto é viver na fronteira entre dois mundos: dos surdos e dos ouvintes, pois não ouve, mas fala fluentemente o Português e lê com precisão os lábios, o que é inacessível à maioria dos surdos.

Obs.: Continua como importante liderança na comunidade surda no Distrito Federal. Realizou implante coclear, tem filhos e se apresenta como um surdo autorrealizado.

 

 

 

 

 

ABORDAGEM CLÍNICA

 

Geralmente os surdos são encaminhados para tratamento pelos responsáveis, na maioria dos casos pelas mães. As queixas são de comportamento agressivo no âmbito familiar e na escola, transtornos de ansiedade e depressão. As mães reclamam frequentemente da perda de controle sobre o filho surdo, devido ao uso exagerado de redes sociais, sexualidade exacerbada e desobediência e revolta. As questões específicas do surdo estão na sua cultura e baixa autoestima, por se sentirem inferiorizados e discriminados pelos ouvintes. Quase sempre no início do tratamento surgem reclamações repetitivas em relação à família e aos ouvintes. Reclamam da falta de oportunidade de trabalho, da falta de recursos financeiros, da dependência que tem dos ouvintes, inclusive dos intérpretes ( dos quais desconfiam sempre) e da não aceitação do fato de terem nascido surdos.      
 
Os surdos mais bem adaptados socialmente procuram o atendimento espontaneamente, geralmente devido a conflitos emocionais e afetivos, tais como medo/fobia, depressão, conflitos afetivos ( dificuldade de conseguir parceiro), conflitos conjugais, tanto no relacionamento com outro surdo ou ouvinte. Queixam-se também da dificuldade de entrar no mercado de trabalho e no relacionamento com ouvintes. Também revelam sofrimento com a dependência da ajuda dos ouvintes para usar telefone, fazer compras, resolver questões burocráticas. O foco dos conflitos basicamente está na baixa autoestima que acompanha o surdo por toda a vida. Mesmo os surdos que considero bem resolvidos e com excelente  adaptação social apresentam sintomas psicossomáticos que requerem atenção. 
 
Na minha opinião o terapeuta de surdos precisa ter primeiramente vocação para lidar com as diferenças. É necessário que esteja capacitado no manejo da Libras, embora no início de sua atuação possa usar comunicação verbal e escrita, quando se trata de surdos oralizados e/ou que façam leitura labial. Precisa também conviver com a comunidade surda para entender sua cultura e identidade. O bom atendimento também passa pela dinâmica familiar do surdo, necessitando os membros da família serem orientados sobre como lidar com o surdo. O atendimento ao surdo exige muita persistência e paciência, pois os surdos são repetitivos, nem sempre cumprem seus compromissos com as consultas e sofrem muita influência da família e de outros surdos mais influentes. Mas tudo isso torna esse desafio mais instigante e constitui excelente oportunidade de aprendizado e crescimento do terapeuta.
 
 Basicamente não há muita diferença no atendimento de ouvintes e surdos, pois a maioria dos sintomas são comuns tanto em ouvintes quanto nos surdos. Embora não veja diferença no psiquismo de surdos e ouvintes, o surdo  apresenta limitações cognitivas ( não de inteligência) e de compreensão e interpretação de conteúdos, devido às dificuldades de comunicação, daí ser  o atendimento a ouvintes facilitado pelo feedback que a comunicação verbal permite. Os surdos têm dificuldade de compreender metáforas e conceitos abstratos, o que acaba impondo a necessidade de realizar um trabalho pedagógico e de informação. De tudo isso o atendimento ao surdo exige do terapeuta uma postura diferenciada, de estar aberto a uma abordagem eclética, sem descartar diferentes visões teóricas e recursos não convencionais disponíveis.
 
Muitas vezes me perguntam qual a melhor abordagem teórica e metodologia para o atendimento de surdos. Penso que qualquer linha psicoterápica pode ser usada, mas ainda não foi possível  avaliar de forma definitiva a eficácia de uma ou de outra. Nos últimos anos tem crescido o interesse de psicanalistas e outros especialistas no atendimento ao surdo, o que considero muito desejável. Como ainda estamos incipientes nessa área, tenho optado pela abordagem eclética, utilizando recursos e procedimentos diversos em função de cada caso.

 

 

 

DIAGNÓSTICO

 

Entrevista inicial (anamnese) com a presença de um responsável( geralmente a mãe). Informações colhidas do histórico e estrutura familiar, causa da surdez, grau, tipo e, se disponíveis, laudos médicos e fonoaudiológicos.

Observar e registrar eventuais sequelas físicas e neurológicas bem como sintomas de depressão, agressividade, déficit de inteligência, psicomotricidade e outros fatores cognitivos, como atenção, percepção, além dos níveis de oralidade e leitura labial.

Importante coletar informações sobre a dinâmica familiar, relacionamento e comunicação com membros da família.

 

ATENDIMENTO

A partir do diagnóstico, agendar sessões individuais, semanais, com duração de cinquenta minutos. Se não for viável, as sessões poderão ser quinzenais.

Recomenda-se que mensalmente se faça uma avaliação do atendimento com a presença do responsável, que deverá assumir o compromisso de participar do tratamento, através do aprendizado da Libras e seguir orientações do terapeuta sobre como lidar com o filho surdo no âmbito familiar.

 

PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS SUGERIDAS

        - Grafismo ( testes projetivos, desenho, pintura )

             - Mágicas* e brincadeiras ( crianças e adolescentes)

           - Acesso ao computador ( softers e programas especiais, que permitem diversão e, ao mesmo tempo, observação de padrões comportamentais, coordenação motora, níveis de frustração/ agressividade, desenvolvimento cognitivo e outras habilidades/aptidões). O uso da internet, hoje dominado pela maioria dos surdos, é muito útil para interagir com o cliente.

            - Escuta. O surdo é “tagarela”, gosta de desabafar, repetindo nas primeiras sessões as mesmas histórias. A intervenção do terapeuta ocorre no estágio de “fadiga” do discurso, quando então ele se torna receptivo.

            -Informação pedagógica. Conceitos e informações práticas, para o autoconhecimento e compreensão do mundo, com vistas a melhor comunicação e interpretação dos conteúdos trazidos durante a terapia.

 

*As mágicas são recursos que sempre utilizei no atendimento clínico, tanto para ouvintes como para surdos. Dependem da habilidade e treinamento do terapeuta, mas são muito úteis para se estabelecer vínculo terapêutico, principalmente com crianças surdas que geralmente são resistentes ao atendimento e são inquietas e dispersivas.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Sacks O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Trad. de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras; 1998

- Reis VPF. A linguagem e seus efeitos no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança surda. Rev Espaço Inf Técnico-Científico INES. 1997;6(1):23-39

- Santos, J. F., Assis, M. R. (2015). As dificuldades do psicólogo no atendimento à pessoa com deficiência auditiva. Conexões Psi, 3(1), 23-33.

Silva, F. F., & Faria, C. C. C. (2014). O deficiente auditivo e as dificuldades na comunicação com profissionais de saúde. Perquirere, 11(2), 190-201. Casali, D. (2012).

O atendimento psicológico ao surdo usuário da Libras no município de Itajaí - SC. (Dissertação de mestrado). Área de Concentração em Saúde da Família da Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC. Cattalini, A., Fornazari, S. A. (2007).

A Experiência no tratamento psicológico com pessoas surdas: um estudo de caso. Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium-UNISALESIANO.

- Geovanini, F. C. (1997). Da psicanálise à surdez - Uma escuta psicanalítica em instituição escolar para surdos. Informativo Técnico-Científico Espaço INES, 8,16-20.

- Reis, V. P. (2005). A linguagem e seus efeitos no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança surda.Informativo Técnico-Científico Espaço INES, 6,23-38.

- Solé, M. C. (2004). A surdez e a Psicanálise: O que é dito. In A. S. Thoma & M. C. Lopes (Eds.), A invenção da surdez: Cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul, RS: Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul.         

- Souza, R. M. (1998). Sujeito surdo e profissionais ouvintes: Repensando esta relação. Estilos da Clínica. Revista sobre a Infância com Problemas, 3(4),130-145.        

- A EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO PSICOLÓGICO COM PESSOAS SURDAS.

www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/RE17182032848.pdf,

- Almeida, E.D.C. Leitura e Surdez-um estudo com adultos não oralizados. Rio de Janeiro. Levinter, 2000

- Goldgrub, F. W. A Máquina do Fantasma-Aquisição de linguagem e constituição do sujeito. Ed. UNIMEP, 2001

- Keller, H. História de minha vida. São Paulo. Ed. Waldorf, 2001

- Silva, R.C.J. Educação dos surdos: aspectos históricos e institucionais. Monografia. Brasília, Unb, 2001

- Mrech, L.M. Um olhar psicanalítico a respeito da questão da identidade do surdo. Conferência-VI Seminário Nacional do INES, Rio de Janeiro, 2001

- Sole, M.C.P. A Clínica Psicanalítica em Língua de Sinais: algumas reflexões de uma analista ouvinte sobre esta prática. www.truenet.com.br/html/psicanálise e surdez.htm/psicanálise  e surdez.htm

- Brito, L.F. Estrutura Lingüística da Libras, in Introdução à Língua Brasileira de Sinais, Apada/DF, 2002

  

SOBRE O AUTOR

PAULO CESA DA SILVA GONÇALVES

 Psicólogo clínico formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ, em 1975, onde lecionou por doze anos. Foi professor de psicologia na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro por igual período. De 2000 a 2008 trabalhou como psicólogo voluntário da APADA-DF e de 2008 a 2010 realizou projeto de atendimento psicológico aos surdos na Associação de Surdos de Uberaba-MG. De 2010 a 2012 atendeu a comunidade surda de Aracaju, Sergipe, e ajudou a organização de Associação de Surdos na cidade. De 2011 a 2012 fez parte, como palestrante e pesquisador, do Grupo de Pesquisa e Estudos Surdos da Universidade Federal de Sergipe-UFS. Realizou, de 2013 a 2014, projeto voluntário de atendimento psicológico para surdos e portadores de outras deficiências na cidade de Palmelo-Goiás.  Atualmente reside em Aracaju, Sergipe, e continua dando assistência e orientação psicológica a surdos de vários estados e seus familiares.

E-mail para contato: pecegons@terra.com.br